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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pindamonhangaba convida pais de alunos a conhecer o Programa Aprendizagem Sistêmica

Pindamonhangaba convida pais de alunos a conhecer o Programa Aprendizagem Sistêmica


  
A Secretaria de Educação de Pindamonhangaba vai promover na próxima terça-feira, 29 de maio, um dia de sensibilização sobre o Programa Aprendizagem Sistêmica para todos os pais dos alunos da REMEFI Dr. Ângelo Paz da Silva. Por meio de atividades práticas e dinâmicas, os pais dos estudantes poderão conhecer um pouco mais sobre como funciona a metodologia inovadora do Programa, que foi implantado na escola no início do ano e já beneficia mais de 300 alunos desta unidade escolar.
 


Os pais dos alunos realizaram algumas estruturas da Aprendizagem Sistêmica e puderam vivenciar o que os seus filhos aprendem na escola.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A Necessidade de se trabalhar as Habilidades Sociais na escola!

A Necessidade de se trabalhar as Habilidades Sociais na escola!
Metodologia Inovadora de Ensino é o caminho buscado pelas entidades de ensino.

Por Rafaella Souza

O ser humano demanda muitas necessidades: físicas, psicológicas, cognitivas, sociais, de valorização e estima. A escola, sendo a maior base de aprendizagem científica, cumpre muitas vezes a função de suprir tais obrigações e com isso, o de ensinar os diferentes papéis sociais para seu público.

Por outro lado, com a violência que atualmente vivencia-se, a mudança na cultura e nos valores da sociedade, os meios de comunicação como uma influência de posturas anti-sociais, assim como o estresse diário, a grande dificuldade em solucionar problemas emocionais faz com que desenvolver habilidades socioemocionais torne-se indispensável.

A Aprendizagem Sistêmica, nesse sentido, exerce papel fundamental, o de atender os alunos que não estão devidamente desenvolvidos socialmente e proporcionar que isso faça parte das atividades na escola de maneira sistematizada.

A sociedade espera do sujeito, ainda que criança, que ela aprenda a comportar-se de acordo com o que a cultura valoriza, segundo seu gênero e idade, e mais, que adote posições diferenciadas a cada ambiente, sendo filho, aluno, colega, irmão, etc.

Essas habilidades são adquiridas no decorrer da vida; ser social faz parte de nossa condição, não vivemos e nem sobrevivemos sozinhos. Fazem parte do desenvolvimento humano, e como o processo de aprendizagem, são primeiramente vivenciadas no círculo social familiar.

O que os pais modelam, os filhos reproduzem e aprendem. Isso ocorre também no ambiente escolar; os professores são os responsáveis, os que cuidam, os que ensinam e transmitem valores e assim são exemplos para seus alunos. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais influenciam em como os educadores se relacionam com seus alunos, e como se dá o estímulo de relacionamento entre os alunos.

A escola oferece regras, e estas precisam ser levadas em consideração ao desenvolver e cobrar as habilidades dos alunos, pais, comunidade e de até mesmo de seus funcionários; sendo estes os protagonistas que precisam estar em ritmo integrado.

Nesta perspectiva a Aprendizagem Sistêmica auxilia os educadores formando-os numa metodologia cooperativa que contribui muito na abordagem e na estruturação de suas aulas, e se as habilidades sociais forem bem desenvolvidas por meio da sistematização de atividades periódica, através dessa ferramenta inovadora, elas influenciarão no comportamento de outros, inclusive da família e da comunidade escolar como um todo.

Rafaella Elis Santos Souza: Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo – Unisal e cursando Pós-Graduação em Psicopedagogia pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB. Atua como Mediadora do Programa Educacional Aprendizagem Sistêmica na empresa Planeta Educação.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Artigo - O Currículo Novo


O currículo novo
por Heber Soares
O que podemos chamar de currículo novo? Ou melhor, o que é esse currículo novo? Quando tratamos a Aprendizagem Sistêmica, ressaltamos a necessidade do treinamento efetivo das habilidades sociais como exigência para o século XXI e observamos essas habilidades dentro de um “currículo novo” a ser trabalhando nas escolas.

Mas este currículo não é tão novo assim. Os estudiosos o entendem como “currículo oculto” e descrito desta maneira: “envolve, dominantemente, atitudes e valores transmitidos, subliminarmente, pelas relações sociais e pelas rotinas do cotidiano escolar” (MOREIRA, 2007).

Assim, ele faz parte dos processos naturais que ocorrem na sala de aula e se desencadeiam de forma mais ou menos implícita. Fazem parte deste currículo: rituais e práticas, relações hierárquicas, modos de distribuir os alunos por agrupamentos e turmas, regras e procedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola.

O currículo novo, portanto, é uma parte do ensino e aprendizagem que não é oficialmente reconhecida pelo corpo docente da escola, nem mesmo pelo corpo discente, mas que tem um impacto bastante significativo, já que geralmente é determinado por valores, atitudes e condutas apropriadas.

Podemos observar nas unidades escolares que o conteúdo que trabalhamos é o mesmo de  décadas atrás e as novas tecnologias inseridas nas escolas não apresentam a evolução na metodologia.

Nossos alunos não chegam à sala de aula como páginas em branco; trazem consigo um prévio conhecimento de mundo. Este prévio conhecimento faz parte de uma base para o trabalho com o currículo novo.

Não podemos entender que os alunos irão reagir ao currículo oculto de forma idêntica a ser observada em todos. Os indivíduos são distintos e particulares, com características próprias inerentes ao ser e ao meio que convivem. Sendo assim, a nova escola deve reestruturar o currículo de forma que possa atender o conteúdo acadêmico associado ao conteúdo de habilidades sociais necessárias ao desenvolvimento do aluno do século XXI. Não formamos alunos para serem eternamente alunos, mas formamos cidadãos, profissionais do futuro para exercerem funções diversas.

Vygotsky, relativo à Zona de Desenvolvimento Proximal, diz que “aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã” e, norteando-nos por sua fala, podemos entender que não somente os conteúdos acadêmicos desenvolvidos nas salas de aula são inerentes de prática subjetiva futura, mas também as habilidades sociais e práticas de convívio trabalhadas no currículo novo.

Ao tratar do currículo oculto, Bautista-Vallejo. (S.D.E.) ressalta essa sua característica essencial de estar implícito em nossas ações, observando que no interior da sala de aula ocorrem coisas que dificilmente poderiam ser descritas e que têm uma leitura complexa. Além disso, também acontecem outras que, inclusive, escapam de nossas mãos, ouvidos, olhos, estratégias, etc. Assim, o que muitas vezes, se torna evidente, e a duras penas, é que há uma série de processos complexos que se iniciam na sala de aula e que determinam ou determinarão condutas posteriores, perspectivas finais e pontos de vista ou pautas de ação no ser educado.

Muitos desses processos se desencadeiam na rua, na família, na turma de colegas, na própria classe, através do professor e seriam de difícil leitura; poderíamos dizer ainda que, imersos em uma naturalidade e espontaneidade, apresentam-se para condicionar as condutas e as dinâmicas de uma forma subjacente.

SILVA (2006) aponta que: “um aspecto fundamental quando se fala em organização do currículo escolar é a forma como se avalia as aprendizagens que os alunos efetivam durante seu desenvolvimento.” Com isso, estamos querendo dizer que currículo e avaliação da aprendizagem escolar, são faces indissociáveis de uma mesma moeda e que, portanto, ocorrem simultaneamente.

O conceito de que a avaliação da aprendizagem dos alunos seja um processo distinto do desenvolvimento curricular tem sua origem com a pedagogia tradicional e ainda se faz presente em uma grande parte das unidades escolares, apesar de um questionamento constante. Quando este conceito prevalece, a avaliação da aprendizagem acontece com a aplicação de instrumentos tradicionais como questionários, provas, trabalhos escritos em geral, em períodos regulares (final de cada mês, ou bimestre ou semestre). Além disso, tem também o objetivo de verificar a quantidade de informações que os alunos assimilaram naquele período e classificá-los em notas ou conceitos tratados como se fossem notas. Quando a concepção vai além da classificação, preocupando-se com o processo de aprendizagem ao longo do desenvolvimento curricular e ocorrendo por meio de um acompanhamento do aluno com o objetivo de reorientá-lo a cada dificuldade encontrada, situa-se na perspectiva formativa.

Os dois meios de avaliação são necessários quando pensamos na indissociabilidade currículo-avaliação. A primeira para identificarmos problemas do currículo, fornecendo pontos para a melhoria do planejamento docente e escolar. A segunda, porque possibilita uma intervenção imediata no processo de aprendizagem, permitindo que o currículo em desenvolvimento se reconstrua ainda durante o processo e comprovando, assim, sua natureza dinâmica e permanente no atendimento das necessidades dos alunos.

E é esta segunda forma de avaliação que na Aprendizagem Sistêmica se utiliza das estruturas – atividade realizada em sala de aula em duplas ou grupos de alunos, como fonte de enriquecimento. Como sabemos, as estruturas trazem consigo o trabalho e exercício efetivo das habilidades sociais, facilitando e muito o trabalho do conteúdo acadêmico sem interromper o seu desenvolvimento para se trabalhar as habilidades.

Estruturas como a Troca Cronometrada trabalham o conteúdo acadêmico com o compartilhamento de informações entre duplas de alunos ao mesmo tempo em que as habilidades sociais são trabalhadas. Podemos elencar no exemplo da estrutura Troca Cronometrada as seguintes habilidades sociais trabalhadas: aceitar parabenização, saber ouvir o colega, honestidade, compreensão checada, contribuição de ideias, o discordar apropriadamente bem como o encorajamento de contribuições. Os alunos nesta estrutura também trabalham a paciência, o silêncio, a tolerância, o trabalho em equipe, a inversão de papéis, o respeito às diferenças, o compartilhamento e a responsabilidade.

“A juventude de hoje geralmente vem para a sala de aula mal preparada par ser um bom colega de equipe. A Aprendizagem Sistêmica nos motiva a desenvolver habilidades sociais que servem para a sala de aula e além.” KAGAN & KAGAN.

Bibliografia
KAGAN, Spencer & KAGAN, Miguel. Kagan Cooperative Learning. San Clemente – CA, Kagan Publishing.
SILVA, Maria Beatriz Gomes da. Organização curricular da escola e avaliação da aprendizagem. 2006. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_escola/modulo2/texto_base.pdf, acesso em 12/04/2012.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Artigo - APRENDIZAGEM SISTÊMICA: UMA ATITUDE E UMA ORIENTAÇÃO VOLTADA PARA OS ALUNOS


APRENDIZAGEM SISTÊMICA: UMA ATITUDE E UMA ORIENTAÇÃO VOLTADA PARA OS ALUNOS 
Se não há movimento, não há construção.
Refletir sobre a ação, eis o ponto crucial para todo ser humano. O processo de mudança é contínuo, uma  vez que, ao olhar para a própria prática, descobrem-se novas possibilidades, não imaginadas anteriormente.
E é exatamente sobre esse assunto que quero comentar.
Os alunos querem praticar o “falar”. Pensando numa aula tradicional, esta exige que o aluno seja passivo e isolado. Os alunos são obrigados a se sentarem de forma imóvel e a ficarem quietos. Nas aulas tradicionais se gasta uma grande parte da energia para mantê-los quietos, nos seus lugares e sem “incomodar o vizinho”.
Em contrapartida, a aula com a Aprendizagem Sistêmica é mais aliada às necessidades dos alunos. É baseada no pressuposto de que o aprendizado acontece através da ação e da interação.
O gerenciamento da aula tradicional é uma extensão da norma da não interação. Os alunos se sentam em fileiras de frente para o professor e não de frente para outros alunos.
Na aula da Aprendizagem Sistêmica os alunos se sentam em grupos e a interação é estimulada, então o gerenciamento da classe envolve outras habilidades.
Quando permitimos que os alunos se mexam e conversem, vamos a favor, ao invés de contra, de suas necessidades básicas, então liberamos uma grande quantidade de energia.
O gerenciamento de uma classe que usa a Aprendizagem Sistêmica é o controle, que canaliza a energia em um aprendizado positivo. Tal gerenciamento é mais democrático, ao mesmo  tempo que os alunos recebem mais liberdade, eles assumem mais responsabilidades. Eles ficam responsáveis por responder às perguntas feitas pelos colegas, coletar o material do grupo, gerar expectativas na classe, cuidar do seu próprio tom de voz, se comunicar com o professor por sinais e se manter focado na tarefa.
Nesse sentido, os alunos não são passivos e controlados pelas ordens do professor; eles praticam um papel ativo no aprendizado e também no gerenciamento de seu próprio comportamento.
Expectativas da sala da Aprendizagem Sistêmica: como membro importante da minha sala e da minha equipe, eu irei...
1.      Pedir e oferecer ajuda,
2.      Ouvir atentamente e elogiar meus colegas,
3.      Compartilhar minhas ideias e trabalhos,
4.      Me  empenhar ao máximo,
5.      Ser um bom seguidor e um bom líder.
Não podemos esquecer que, quando permitimos que os alunos interajam, liberamos uma grande quantidade de energia, e esta energia deve ser cuidadosamente controlada e direcionada a favor do aprendizado.
Por isso que a Aprendizagem Sistêmica é mais que um conjunto de técnicas, é uma atitude e uma orientação voltada para os alunos.
O gerenciamento é essencial. Ele libera os professores para ensinar e os alunos para aprender. Eu estou pronta para aprender e você?


 By Silmara Ferraz - Coordenadora de Porto Feliz.